Introdução

INTRODUÇÃO

Neste trabalho iremos demonstrar como ocorreu a Segunda Guerra Mundial, as causas e os efeitos para as presentes e futuras gerações. Trataremos de citar os fatos ocorridos durante e após esse conflito, juntamente com as consequências do holocausto.

domingo, 19 de junho de 2011

Depoimento de Sobreviventes

Tieko Kihara foi uma vítima de primeiro grau, segundo consta em seu documento recebido pelo governo japonês. Isso quer dizer que ela esteve há menos de 3,5 quilômetros do epicentro da explosão de Hiroshima. Na época, pouco antes da bomba cair sobre a cidade em que vivia, Tieko freqüentava o “jyogakkou”, escola só de meninas, equivalente ao colegial brasileiro. Tinha 17 anos e também trabalhava na fábrica de peças da Marinha japonesa na qual dividia a jornada de trabalho de oito horas diárias com outras duas meninas. Dividindo o tempo entre a escola e o trabalho, Tieko conseguiu passar na faculdade “Hiroshima Jyoshi Senmon Gakkou”.
A matrícula era no dia primeiro de agosto de 1945. Mal ingressou na vida acadêmica, teve de largar os estudos. No quinto dia de aula, na reunião matinal de alunos e professores no ginásio, ela viu um grande clarão. “Parecia um flash muito reluzente de câmera fotográfica, uma luz seguida por um barulho ensurdecedor. Depois veio um vento tão forte que foi destruindo as estruturas do ginásio. Acostumados com treinamentos em situações de bombardeio, todos correram para baixo de suas mesas. Mas o ginásio começou a desabar e os alunos correram para fora, desesperados. Uma amiga minha, que tinha chegado atrasada, estava sentada na parte de trás do ginásio. A vidraça estilhaçada pelo impacto da explosão perfurou o seu rosto. Todos gritavam. Ninguém sabia o que estava acontecendo.”
“Parecia o fim do mundo”, relembra Tieko. Por sorte ela não sofreu ferimentos graves na queda do ginásio e levou a amiga para fazer curativos. À medida que se aproximava do hospital, ela observava mais e mais vítimas. “Muitos estavam desfigurados pelas queimaduras, com pedaços da pele do rosto e dos braços pendurados, pedindo ajuda, pedindo um gole de água”, afirma.
Quando chegou em casa, somente à noite, os pais estavam muito preocupados. Seu irmão Hiroshi ainda não tinha voltado. Ele tinha 12 anos e trabalhava quebrando casas, um serviço comum na guerra. Como os bombardeios eram freqüentes, o serviço prevenia incêndios muito grandes, pois as casas, naquela época, eram todas de madeira e grudadas umas nas outras.
“Meu irmão estava trabalhando muito perto do local onde a bomba explodiu. Suas costas e seu rosto estavam totalmente queimados. Levaram-no para o hospital, mas ele escapou de lá no dia seguinte, de manhã bem cedo. Isso porque à noite, Hiroshi ouviu os médicos conversarem sobre a possibilidade de transferir os enfermos para as ilhas próximas à costa. Isso significava que ele poderia não voltar mais. As condições médicas nas ilhas eram precárias, para ser sincera, era só uma desculpa para abrir mais vagas nos leitos dos hospitais. Na fuga, ele não agüentou caminhar de tanta dor e desmaiou. Por sorte, um professor de sua escola que passava pelo caminho o reconheceu e o trouxe até em casa. Mas infelizmente, após duas semanas, Hiroshi não resistiu e faleceu.”
Ao saber do fato, o pai enlouqueceu. O irmão mais velho já não morava mais com eles porque tinha sido recrutado para a guerra. Ela passava a maior parte do tempo fora de casa. O caçula era a esperança da família. “Após a morte de meu irmão, me mandaram para um templo budista, onde morei por alguns meses até me mudar para a casa de meus parentes, no interior. Casei aos 19 anos e me mudei para o Brasil em 1964 onde vivo até hoje”.
Tieko Kihara, 77 anos, de Hiroshima



                                                     Mihoko Ikeda tinha 5 anos quando a bomba atômica caiu a 7 km da região onde morava, em Hiroshima. Ela estava comendo um doce na casa de uma vizinha e a mãe, Atsuko Hirasaki, trabalhava na horta. “De repente escutei o maior barulho que ouviria na vida e vi um enorme cogumelo de fumaça, que misturava tons de preto, cinza, branco e rosa”, conta Mihoko. A casa dela ficava próxima à estrada e ela foi uma das primeiras a ver as vítimas que fugiam do foco da explosão. Queimados e feridos caminhavam moribundos e pediam água para aqueles que estavam sãos. “No começo, a gente dava água em chaleiras de alumínio. Fazia mal, mas a gente não sabia.
Eles queriam. Mas com a grande quantidade de pessoas que chegavam, tivemos de trocar por um balde”, conta. Próximo a sua casa, havia um templo que foi usado como abrigo para os feridos que não conseguiam mais andar. “A gente tinha pouca comida. Havia batata doce na nossa horta, mas não dava para preparar de um jeito gostoso. No fim, a gente comia muita batata e só um pouquinho de arroz” diz. Ela chegou ao Brasil em 1957 e hoje vive com a família. Em 2003, quando viajou ao Japão, conseguiu uma carteira de vítima da bomba e passou a receber os benefícios referentes.
Mihoko Ikeda, 65 anos, de Hiroshima

Depoimento de Matsushige Yoshito

Matsushige Yoshito foi o único fotógrafo a registrar o cenário do lançamento da bomba na cidade japonesa de Hiroshima. Este passou a noite revelando as fotos que tirara no dia anterior para poder publicá-las no jornal Chigoku Shimbun, para o qual trabalhava.
De manhã, às 7h30, ele ouviu mais um alarme antiaéreo. “Pela janela, vi o avião americano. Ele me pareceu enorme”, diz Matsushige.
“Eu tinha acabado de tomar café da manhã e estava saindo para o trabalho quando aconteceu”, “eu não escutava sons, o mundo ao meu redor estava completamente branco.”

Depoimento de Robert Lewis

De acordo com o diário de bordo de Robert Lewis, que foi escrito quando a aeronave sobrevoava o Oceano Pacífico e depois que a bomba foi lançada no alvo, no dia 6 de agosto de 1945.
"Meu Deus, o que nós fizemos!", escreveu Lewis após o lançamento da bomba, às 08h15 do dia 6 de agosto. "No minuto seguinte ninguém sabia o que esperar... O clarão foi intenso. Quinze segundos depois do clarão, houve dois solavancos bem distintos que foram os únicos impactos físicos que nós sentimos."
O co-piloto do Enola Gay relata que só depois foi possível observar o resultado da missão. "Nove décimos da cidade estavam cobertos de fumaça."
"Eu tenho certeza de que toda a tripulação sentiu que essa experiência era mais do que qualquer ser humano podia imaginar possível. Ela simplesmente parece impossível de entender. Quantas pessoas nós matamos?"
"Se eu viver cem anos, nunca vou conseguir tirar esses poucos minutos da minha mente..."

Curiosidades

  • A primeira bomba lançada pelos norte-americanos em Berlim matou o único elefante do zoológico municipal.
  • Heinrich Himmler já foi um simples criador de galinhas (nada demais comparado à Hitler, que já foi um pintor de rua).
  • Apesar do que se vê nos filmes, o exército alemão não usava a saudação nazista, esta passou a ser obrigatória apenas após o atentado de julho de 1944.
  • Depois de ter sofrido grandes perdas na durante o assalto da ilha grega de Creta, Hitler jamais ousou novas operações aerotransportadas, usando seus soldados na infantaria.
  • Para além dos métodos de transporte usados pela segunda Corporação polaca que lutavam na batalha do Monte Cassino existia também um urso castanho chamado wojtek que ajudava a transportar as munições.
  • O exército vermelho soviético chegou a treinar cães com o intuito de destruir os tanques inimigos. Os cães eram treinados a colocar comida por baixo dos tanques e era-lhes preso no dorso cerca de 26 libras de explosivo. Quando estes se encontravam por baixo dos tanques era acionado o explosivo, destruindo o tanque (e, obviamente, o cão). Infelizmente isto nem sempre funcionava com previsto, uma vez que os cães eram treinados usando os tanques soviéticos, executando a tarefa mas facilmente com os tanques soviéticos do que com os alemães. Mais de 25 tanques alemães foram seriamente danificados desta forma durante as batalhas de Stalingrado e Kursk.

        por: Victor Ary